quarta-feira, 24 de outubro de 2012



Principais Países Produtores de Vinhos no Mundo


A produção de vinhos de qualidade está relacionada a um grande número de fatores climáticos e a diversas características do solo, sendo este conjunto denominado pelos franceses de Terroir (exploraremos melhor este conceito posteriormente).

Em função disto, os vinhos de qualidade estão restritos às regiões que estão situadas nas faixas de latitudes entre 30 e 50º ao norte e entre 30 e 42º ao sul, embora haja experiências de produção em outras latitudes, como no nordeste brasileiro.

As faixas de latitudes acima, em conjunto com outros aspectos, definem os países mais importantes no mercado vinícola mundial. Estes países podem ser classificados em países do velho mundo, que são os localizados no continente europeu, e países do novo mundo, que são aqueles localizados nas Américas, África e Oceania.

Vamos tecer alguns comentários sobre os principais países produtores:

França

Principal país produtor de vinho do mundo, produz grandes vinhos de todos os tipos (tintos, brancos, espumantes, de sobremesa).

As uvas mais conhecidas e admiradas por nós (Cabernet, Merlot, Syrah, Pinot Noir, Chardonnay, etc..) são quase todas de origem francesa.

Uma busca rápida no site do Robert Parker resulta em cerca de 1.220 rótulos com 96 pontos ou mais. Na Wine Spectator o resultado é 1.344 rótulos com pontuação entre 95 e 100. Para se ter uma ideia da magnitude deste número, na Wine Spectator o 2º colocado, Itália, aparece com 571 rótulos com pontuação na mesma faixa!

O problema da França é que tão alta quanto a qualidade dos vinhos também são os seus preços. Em uma lista com 169 vinhos de boa relação qualidade/preço que elaborei, apenas 24 eram franceses (com apenas 5 custando menos que R$ 100,00).

Itália

A Itália é o 2º país em importância quando estamos falando de vinho.

Embora também produza bons vinhos de todos os tipos, os melhores italianos são, sem sombra de dúvida, os tintos, com destaque para as regiões do Piemonte, terra dos Barolos e Barbarescos, e da Toscana, com os famosos Brunellos di Montalcino, Chiantis e SuperToscanos.

Aqui os melhores vinhos são produzidos com as uvas locais Sangiovese e Nebbiolo, mas também há, no caso dos SuperToscanos, participação de uvas de origem francesa.

Dos países do velho mundo, a Itália é que contribui com mais vinhos, 38 rótulos (22.5%), na minha lista de vinhos com boa relação qualidade/preço. No cômputo geral perde apenas para a Argentina neste quesito.

Espanha

Mais um país com destaque para os tintos, principalmente os das regiões da Rioja e Ribera Del Duero, nas quais a uva Tempranillo prevalece (na Ribera de fato é um clone da Tempranillo denominado Tinta Del País ou Tinta Fina).

Portugal

Embora Portugal produza bons vinhos de todos os tipos, os mais famosos vinhos deste país são os vinhos do Porto (fortificados). Nos tintos e brancos normais o país ainda não consegue competir com França, Itália, Espanha, Alemanha e Áustria.

Alemanha

A Alemanha é um país para quem gosta de brancos. Há um total de 393 vinhos com pontuação top nos sites do Robert Parker e Wine Spectator, todos brancos, com grande destaque para a uva Riesling.

Argentina

A Argentina é hoje o país com maior número de vinhos com pontuação top na América do Sul, tendo ultrapassado o Chile, seu principal rival.

Todos os vinhos de melhor pontuação são tintos, com grande predominância da uva Malbec, embora também haja alguns Cabernets Sauvignons ou blends. A Malbec é uma uva de origem francesa que se adaptou muito bem no terroir argentino e levou os vinhos deste país a uma posição de destaque no mundo.

No mercado brasileiro, os vinhos argentinos são os que oferecem a melhor relação qualidade/preço. Da minha lista com 169 vinhos, há 42 argentinos (24.8% do total).

Austrália

A Austrália é o 2º país do novo mundo, perde apenas para os Estados Unidos, com maior número de vinhos com pontuação top, com um total de 485 rótulos, sendo 453 tintos.

O grande destaque são os tintos da uva Syrah (denominada Shiraz na Austrália), mas também há contribuição de alguns Cabernets Sauvignons.

Chile

O Chile é o 2º, e último, país da América do Sul que importa no mercado mundial de vinhos. Já foi o mais importante, mas perdeu esta posição nos últimos anos para a Argentina.

Mais uma vez só há tintos com pontuação top, com destaque para os Cabernets Sauvignons, blends e Carmenere, esta última uma uva francesa que hoje só existe no Chile.

Estados Unidos


Os Estados Unidos são o país com maior destaque na produção de vinhos no novo mundo, ao menos quando o critério é o número de vinhos com pontuação top existentes. No site do Robert Parker ele ocupa a 2ª posição geral, perdendo só para a França, e na Wine Spectator ocupa a 3ª posição, perdendo para a França e Itália.

O grande destaque são os vinhos Cabernets Sauvignons e blends da região do Napa Valley na Califórnia, mas também há boa participação dos vinhos feitos com Pinot Noir.

O grande problema dos vinhos americanos é a baixíssima disponibilidade de rótulos no mercado brasileiro.

De fato, é difícil achar os tops americanos mesmo nos Estados Unidos. A maior parte das grandes lojas de vinhos americanas tem mais vinhos importados do que os nacionais. De uma lista com cerca de 80 vinhos americanos que gostaria de comprar, após pesquisar em quatro grandes lojas de vinho em New York, encontrei zero (ou seja, não encontrei nenhum vinho da minha lista!). Para fechar, fui a um Wine Bar, recomendado pela Wine Spectator, em New York com a esperança de poder provar vários vinhos nacionais e não havia nenhum vinho americano disponível em taça!

Outros Países

A Áustria também merece destaque, com 105 vinhos tops encontrados, todos brancos. Mas a disponibilidade no mercado brasileiro também é muito baixa.

Outros que aparecem com vinhos pontuados na faixa top e que têm boa disponibilidade no mercado brasileiro são a Nova Zelândia (com dois rótulos) e a África do Sul (com três rótulos).

Há ainda outros países, como o próprio Brasil, Grécia, Hungria (este particularmente para vinhos doces) e Uruguai, que podem ter bons vinhos, mas que não têm a mesma importância dos anteriormente citados.

Por fim, obviamente, há vinhos produzidos em diversos outros países, como Peru, China, Egito, Marrocos, etc. Mas, nestes casos, em geral, podendo evitar é melhor!

Em textos posteriores vamos detalhar um pouco mais os principais países e suas principais regiões.

Grande abraço a todos.

Postado por Brito às 18:56
Marcadores: Vinho

História do vinho


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A história do vinho tem grande importância histórica, pois o seu surgimento em tempos remotos tornou-o um produto que acompanhou grande parte da evolução ecônomica e sócio-cultural de várias civilizações ocidentais e orientais.



Vinhas na região do Minho, Portugal
A origem do vinho. O vinho possui uma longínqua importância histórica e religiosa e remonta diversos períodos da humanidade. Cada cultura conta seu surgimento de uma forma diferente. Os cristãos, embasados no Antigo Testamento, acreditam que foi Noé quem plantou um vinhedo e com ele produziu o primeiro vinho do mundo ("E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha." Gênesis, capítulo 9, versículo 20). Já os gregos consideraram a bebida uma dádiva dos deuses. Hititas, babilônicas, sumérias, as histórias foram adaptadas de acordo com a tradição e crença do povo sob perspectiva.
Do ponto de vista histórico, sua origem precisa é impossível, pois o vinho nasceu antes da escrita. Os enólogos dizem que a bebida surgiu por acaso, talvez por um punhado de uvas amassadas esquecidas num recipiente, que sofreram posteriormente os efeitos da fermentação. Mas o cultivo das videiras para a produção do vinho só foi possível quando os nômades se tornaram sedentários. Existem referências que indicam a Geórgia como o local onde provavelmente se produziu vinho pela primeira vez, sendo que foram encontradas neste local graínhas datadas entre 7000 a.c. e 5000 a.c.

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