domingo, 24 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013






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Beber vinho: de obrigação a opção.

O vinho é uma bebida velha, antiga, neolítica. Ele foi consumido ao longo de toda a história de que temos registro.

Por Eric Asimov- The New York Times News Service/Syndicate

O vinho é uma bebida velha, antiga, neolítica. Ele foi consumido ao longo de toda a história de que temos registro. No entanto, o vinho como o conhecemos hoje é relativamente novo. O local onde se originou, o seu gosto, o que representava e o modo como se transformou ao longo do tempo são temas explorados no fascinante novo livro de Paul Lukacs, 'Inventing Wine: A New History of One of the World's Most Ancient Pleasures' ('Inventando o vinho: Uma nova história de um dos prazeres mais antigos do mundo', em tradução livre), publicado em dezembro pela W.W. Norton & Co.

Uma coisa fica clara na obra de Lukacs: a maior parte dos vinhos – ao longo de grande parte da história – foi repugnante e desagradável. Se um crítico do passado tivesse nos legado uma resenha acerca da degustação do tipo de vinho que a maioria das pessoas bebia, possivelmente diria 'imprestável, horrível, avinagrado, imundo'.

No entanto, as pessoas o bebiam mesmo assim, porque não tinham escolha. Outras bebidas, como água e leite, estavam repletas de doenças. O gosto do vinho podia ser terrível, mas tinha um desinfetante embutido: o álcool.

Foi apenas a partir da Renascença, escreve Lukacs (que, quando não está pesquisando vinho, é professor de Inglês na Universidade Loyola de Maryland, em Baltimore), que surgiram noções familiares para discernir características da bebida. Só então os enófilos – um grupo diminuto, para ser claro – começaram a associar estilos particulares e qualidades no vinho a lugares específicos: uma ideia incipiente de terroir.

Além disso, foi apenas nessa época que os enófilos bem informados começaram a perceber que alguns vinhos podiam ser apreciados intelectual e emocionalmente, e não apenas fisicamente, e que os melhores vinhos transmitiam uma sensação de equilíbrio, duração e profundidade.

Contudo, foi realmente com o Iluminismo, no século XVIII, quando uma série de revoluções começou a transformar a nossa compreensão do cultivo da uva, da produção de vinho e do armazenamento do vinho, que a bebida começou a se assemelhar ao que associamos a ela hoje.



'Somos todos filhos do Iluminismo, não de Platão e Aristóteles, mas de Locke e Rousseau', disse Lukacs recentemente, quando almoçamos juntos. 'Foi quando o vinho moderno surgiu.'



Outras mudanças também ocorreram. À medida que o abastecimento de água foi se tornando mais seguro, as pessoas passaram a não precisar consumir necessariamente vinho. Ele se tornou uma escolha. Era possível apreciá-lo em vez de bebê-lo, de modo que o vinho tinha de se tornar mais atraente.

No entanto, no início do século XX, o vasto conjunto de vinhos existentes podia ser dividido em dois grupos: uma pequena quantidade de vinhos finos, ou 'vin fin', apreciada pelos paladares exigentes; e a maioria dos outros vinhos, 'vin ordinaire', baratos e abundantes, mas não muito bons e frequentemente muito ruins.

'A diferença entre os melhores vinhos e os outros era fenomenal', disse ele.

O vinho gozou de uma breve era dourada no século XIX, com a rápida ascensão de uma classe média com recursos econômicos e aspirações culturais. No entanto, enfrentou um período difícil no final do século XIX, quando os vinhedos europeus foram atacados por pragas, contratempo seguido por guerras mundiais, depressão econômica, a moda das aguardentes e dos coquetéis e a Lei Seca. Ainda assim, o vinho veio a ressurgir na segunda metade do século XIX.

De modo talvez um pouco presunçoso, Lukacs e eu – enquanto dividíamos uma garrafa de Il Frappato, um tinto deliciosamente fresco da produtora Arianna Occhipinti, da Sicília – concordamos que tivemos sorte por viver nos dias de hoje, talvez a melhor época da história para ser um enófilo. Sentados em um restaurante de Nova York, tínhamos acesso a uma diversidade de vinhos maior que a experimentada em qualquer outro momento da história, tendo acesso a rótulos de bem mais locais e em estilos.

O Il Frappato era uma ilustração perfeita do quanto o mundo tinha mudado não apenas em dois mil anos, mas nos últimos 25. Na década de 1980, poucas pessoas já tinham ouvido falar da uva frappato, e grande parte dos vinhos da Sicília era considerada pesada, oxidada ou simplesmente ruim. A Sicília talvez tenha sido um dos últimos bastiões do 'vin ordinaire'. No entanto, hoje dá origem a vinhos esplendorosos.

Lukacs, de 56 anos, que cresceu na Filadélfia, disse que sempre teve interesse pelo vinho. Seu pai, húngaro, bebia vinho regularmente. Contou, porém, que se interessou de fato pelo vinho ao cursar pós-graduação na Universidade Johns Hopkins, quando se juntou a um grupo de estudos que rapidamente se revelou um grupo de enófilos.

'O que me interessava no vinho era o fato de ele ser muito, muito rico intelectualmente', disse ele. 'A pessoa não precisa conhecer o vinho, mas acaba querendo saber mais sobre ele.'

Além de se dedicar à pesquisa acadêmica, Lukacs escreveu uma coluna sobre vinhos para o jornal The Washington Times durante 19 anos e publicou dois outros livros a respeito, 'American Vintage: The Rise of American Wine' ('Safra americana: o despertar do vinho americano'), em 2000, e 'The Great Wines of America: The Top Forty Vintners, Vineyards, and Vintages' ('Os grandes vinhos dos Estados Unidos: os 40 melhores viticultores, vinhas e safras'), em 2005.

Entre as ideias mais interessantes defendidas por Lukacs em 'Inventing Wine' está a de que a 'tradição' do vinho é completamente mutável. A noção do passado ilustre de Bordeaux, por exemplo, é bem mais uma criação dos proprietários do século XIX que construíram castelos em estilos arquitetônicos mais antigos na tentativa de transmitir um sentimento de legado. O marketing de vinhos da atualidade, ao enfatizar a herança e a continuidade, baseia-se na mesma fonte.



SERVIÇO DE VINHO NO SUPERMERCADO PERINI SHOPPING RIO MAR. RECIFE.PERNAMBUCO. BRASIL.

Por que o vinho teve um gosto tão ruim por tanto tempo? Como qualquer um que já tentou produzir vinho sabe, a exposição ao ar, à sujeira e a uma série de outras substâncias pode fazer com que ele se estrague. Ele não se torna insalubre assim: apenas fica com mau gosto. Portanto, para enófilos antigos e não tão antigos, o desafio era evitar que o vinho se estragasse após a fermentação do suco de uva.

Até o século XIX, quando se tornou possível produzir garrafas de vidro em massa, diz Lukacs no livro, isso foi quase impossível. Recipientes antigos, feitos de barro ou de madeira, podiam armazenar grandes quantidades de vinho. Mas assim que começávamos a esvaziá-los, o ar entrava em cena com todos os seus companheiros microbianos.

Tentando compensar os sabores azedos, avinagrados, os antigos viticultores acrescentavam todos os tipos de aromas. Especiarias, sim, mas também piche e cinzas, e até mesmo chumbo e lixívia. Os clientes mais abastados conseguiam bancar aditivos de uma estirpe superior, como temperos e ervas.

Por fim, os antigos viticultores descobriram técnicas para fazer vinhos mais duradouros, como secar as uvas antes de fermentá-las, uma prática envolvida na produção também de vinhos modernos, como o Amarone. Esses vinhos de uvas secas se tornaram muito apreciados, emblemas de uma situação social privilegiada, prenunciando, como escreve Lukacs, o futuro papel do vinho como um símbolo de status.

'O vinho era uma maneira de mostrar que as pessoas tinham um gosto distinto', disse Lukacs durante o almoço. 'Mesmo no mundo antigo, havia distinções reais entre o que os patrícios bebiam e o que os plebeus bebiam.'



DEGUSTAÇÃO DE VINHO NO SUPERMERCADO PERINE NO SHOPPING RIO MAR. RECIFE. PERNAMBUCO. BRASIL

Algumas coisas não mudam nunca.

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013



Peru ao molho de cerveja


INGREDIENTES

Para o peru
1 peru inteiro
Sal a gosto
Pimenta a gosto
3 dentes de alho
½ cebola ralada
Suco de 1 limão
Sementes de cardamomo
200g de manteiga
Para o molho
Aparas do peru
1 colher (sopa) de farinha de trigo
½ cebola picada
½ xícara (chá) de alho poró picado
1 folha de louro
Alecrim a gosto
1 garrafa de cerveja (sugestão: delirium noel)
1 xícara (chá) de cereja
300g de mini cebolas
300g de mini cenouras
300g de mini abobrinhas
Sal e açúcar o quanto baste
MODO DE PREPARO

Um dia antes do preparo, separe as coxas e/ou sobrecoxas, os dois peitos e o restante (a carcaça) e corte em pedaços menores. Tempere tudo com sal, pimenta, cebola ralada, alho moído, suco de limão e 4 sementes de cardamomo amassadas. Coloque tudo numa vasilha, envolva com filme plástico e reserve na geladeira. No dia seguinte, prepare a manteiga clarificada: derreta a manteiga em fogo baixo, cozinhe por cerca de cinco minutos, fora do fogo e com uma espumadeira retire toda espuma (ou se preferir passe numa peneira com gaze). Reserve. Separe a carcaça, e com uma seringa, injete 1/3 da manteiga nos dois peitos, nas coxas e sobrecoxas. Numa panela aqueça 1/3 da manteiga e doure cuidadosamente. Coloque os pedaços numa grade sobre uma assadeira, cubra com papel alumínio e asse no forno pré-aquecido a 180ºC por 35 minutos. Retire do forno e reserve. Na mesma panela onde dourou os pedaços de peru, doure as aparas, adicione a farinha de trigo, a cebola, o alho poro, cozinhe por 2 minutos, acrescente a folha de louro, um raminho de alecrim, 2 copos de água e cozinhe até reduzir o caldo pela metade. Passe esse caldo numa peneira fina e reserve. Numa panela, coloque a metade da manteiga restante e refogue as cerejas por alguns minutos, adicione a cerveja, cozinhe por 15 minutos e reserve. Cozinhe os mini legumes, doure, no restante da manteiga, com uma pitadinha de sal e açúcar. Reserve.
Antes de servir, junte numa panela os pedaços de peru, o caldo, a cerveja com as cerejas e cozinhe por 20 minutos. Em seguida, acerte o tempero, acrescente os mini legumes e sirva acompanhado de arroz. Sugestão de arroz: de jasmim com amêndoas.





Cervejas especiais invadem o mercado nacional
Produzidas artesanalmente, elas levam ingredientes de qualidade superior. Veja sugestões para bebericar


Kike Martins da Costa , especial para o iG São Paulo

Para os fashionistas, laranja é o novo preto. Para quem aprecia uma bebida de qualidade, parece que agora a cerveja é o novo vinho. Os consumidores estão cada vez mais interessados em experimentar outros sabores e, a cada dia, novos rótulos e tipos especiais aparecem nos bares, nas cartas de bebidas dos restaurantes, nos empórios e até mesmo nos supermercados e padarias. Mas afinal o que são cervejas especiais?

“São aquelas produzidas artesanalmente com matérias-primas de qualidade superior”, afirma Gilberto Tarantino, importador de marcas como a escocesa Brewdog, a italiana Balladin, a belga Malheur e a norte-americana Anderson Valley. Segundo ele, a produção pode até ser automatizada e de volume grande, mas o importante é o cuidado e o acompanhamento criterioso dos processos.


Por conta dessas diferenças, as cervejas especiais são, evidentemente, mais caras. Uma lata de 350 mililitros de Skol, Brahma, Kaiser, Nova Schin, Itaipava ou Antárctica, em geral, pode ser comprada por menos de R$ 2 em supermercados. As marcas premium – como Stella Artois, Heineken e Bohemia – estão entre R$ 2 e R$ 3. As especiais, produzidas pelas 175 microcervejarias nacionais ou importadas (principalmente de produtores da Europa ou dos Estados Unidos) custam a partir de R$ 8 e podem chegar a mais de R$ 200 -- caso da Beersel Morning, uma sour ale italiana do Birrificio Del Ducato, cujo preço médio é de R$ 220.

Com tudo isso, claro, as cervejas especiais são menos consumidas do que as demais. Elas ainda representam apenas cerca de 3% do total do mercado, mas este é o segmento que mais cresce. Estima-se que as vendas de rótulos convencionais cresçam em média 5% ao ano, enquanto o nicho ocupado pelas outras se expanda a médias superiores a 15% ao ano. Segundo o Ministério de Desenvolvimento, as importações de cervejas cresceram 101% de 2011 em relação a 2010.


O fenômeno mercadológico pode estar ligado ao crescimento da gastronomia. “A variedade está se ampliando à medida que o interesse por sabores diferentes aumenta”, afirma Fábio Vilella, mestre-cervejeiro da Premium, de Frutal (MG). “Não adianta produzir ou importar uma cerveja com toques de especiarias, café ou cacau e ninguém ter vontade de prová-la, de consumi-la regularmente.” Para Kelly Roberta Silva, gerente de produtos na área de bebidas da rede de supermercados Mambo, a mudança de hábito é parecida com as do vinho, do azeite, do café tempos atrás. “O paladar das pessoas está ficando mais sofisticado e quem come melhor também quer beber melhor”, diz. As gôndolas do Mambo têm, hoje, aproximadamente 200 rótulos diferentes de cervejas especiais – há dois anos, esse número não passava de 60.


Assim como os supermercados, muitos bares e restaurantes perceberam esse crescimento e ampliaram suas cartas de cervejas. Em São Paulo, se até pouco tempo haviam poucos bares especializados nessas bebidas, hoje há um estabelecimento em cada esquina com dezenas ou mesmo centenas de louras, ruivas e morenas. A carta do Frangó lista 300 rótulos, o Melograno soma 150, o Bierboxx tem 170 e o Asterix, 200. Recém-inaugurado no Itaim, o Coisa Boa criou um esquema interessante, que elimina qualquer barreira e “desburocratiza” a compra e a escolha de cervejas especiais. O bar tem uma enorme geladeira aberta com 200 opções. O cliente pode ir lá, escolher a sua favorita e levá-la à mesa. Mas o melhor mesmo é conversar com o beer sommelier da casa, que fica ali, diante do refrigerador, e ouvir suas sugestões.


E o assunto não acaba por aí. Como aconteceu com os vinhos, os aparatos em torno dessa bebida começam a surgir também no mercado. “Cervejas comuns servem para matar a sede. As especiais merecem ser degustadas”, afirma Valerio Doccarato, embaixador da fábrica alemã de taças de cristal Spiegelau. Ele esteve este mês em São Paulo para apresentar o novo produto da empresa com mais de 500 anos de tradição na produção de copos. A marca acaba de desenvolver quatro modelos, um para cada tipo de cerveja. A ideia por trás da novidade é de que a louça valoriza o sabor da bebida.

E há cervejas especiais para todos os momentos. Algumas são ideais para um happy hour descontraído, outras para acompanhar um gostoso jantar e existem ainda aquelas que podem ser apreciadas com charuto ou doce de chocolate. Veja na galeria acima as características de alguns rótulos selecionados pelo iG Comida e mergulhe nesse universo novo. Saúde!


Cuidados com a cerveja, antes de beber
Como comprar e armazenar, o que deduzir dos prazos de validade e outros detalhes para melhor saborear a sua gelada


Marina Fuentes, especial para o iG São Paulo


ARMAZENAMENTO DA CERVEJA.

Variações de temperatura: se comprar a cerveja gelada, sirva imediatamente ou coloque-a na geladeira logo em seguida
Os vinhos são cercados de já conhecidos cuidados (adega climatizada, transporte adequado, disposição da bebida etc.), mas e a cerveja? Essa “prima” mais despojada também tem seus caprichos quando a ideia é bebê-la em sua melhor forma. Veja, a seguir, os principais deles.

Na hora de comprar

Vale prestar atenção nas condições de armazenamento do estabelecimento. As garrafas devem estar em local fresco e protegido do sol (longe da vitrine, por exemplo). “Uma cerveja que fica sob o sol se deteriora rapidamente”, explica o mestre-cervejeiro Reynaldo Fogagnolli, da microcervejaria Amazon Beer.

Só compensa comprar cerveja gelada se for consumir em seguida ou muito rapidamente colocá-la de volta no gelo. “A mudança de temperatura da bebida altera sua estabilidade [de sabor, aroma]”, diz o especialista.


Ao guardar em casa

O mundo ideal é que você tenha espaço para guardar todas as garrafas ou latas direto na geladeira, desta forma fica garantido que a bebida não vai sofrer nenhuma alteração de temperatura (e, logo, de suas propriedades). Mas nem sempre há espaço. No caso, procure armazená-las em um armário, sótão ou despensa que seja mais fresquinho e que não ofereça oscilação de calor (onde não bata sol).

Segundo Reynaldo, a melhor forma de armazenar as garrafas, em qualquer ambiente, é em pé. “Quando as garrafas e latas estão deitadas a superfície de contato do líquido com o oxigênio é maior, dando margem a alterações nas propriedades da bebida."

De qualquer forma, vale saber que no caso das cervejas comuns industrializadas, as pilsens (o tipo mais consumido no Brasil) e as de trigo em geral não devem ser armazenadas, pois quanto mais “novas” elas forem consumidas, melhor. Já as do tipo bock tendem a melhorar com o tempo (há exemplares que chegaram a ser guardados por especialistas e consumidos, com sucesso, por cerca de 40 anos).

Cerveja estupidamente gelada? Consulte: dez dicas para beber cerveja no verão
Mais: o be-a-bá da combinação de cerveja com comida

Garrafa ou lata faz diferença na hora de guardar?

Como a entrada de luz na embalagem pode comprometer o produto, a cerveja em lata é mais protegida, ainda que as garrafas marrons sejam boas para proteger dos raios ultravioleta. As garrafas transparentes são as que apresentam mais vulnerabilidade.

Lotei a geladeira de cerveja para uma festa e sobrou. E agora?

Mantenha ali mesmo ou leve para uma outra geladeira ou frigobar. Cervejas que já foram geladas não podem voltar para a temperatura ambiente.


Cerveja não dura pra sempre

Quase ninguém presta atenção nesse detalhe, mas as cervejas têm prazo de validade. As pasteurizadas duram até 18 meses, se bem armazenadas. As não-pasteurizadas (caso de muitas artesanais) são mais vulneráveis. Segundo Gilberto Tarantino, da importadora Tarantino, que distribui no Brasil várias gringas artesanais, as bebidas industrializadas têm validade mais elástica por causa da adição de conservantes químicos, enquanto as artesanais têm prazos que variam de acordo com o estilo e o critério de cada cervejaria”.

Alguns fabricantes têm o cuidado de sugerir no rótulo um tempo ainda menor de consumo, o que é chamado de “data de frescor”, um recurso utilizado principalmente por microcervejarias americanas. O termo se refere ao tempo ideal para consumir a bebida em sua melhor forma – a partir de então, ela continua válida, mas pode sofrer alterações. “É o prazo que o produtor considera o limite máximo para se degustar uma cerveja fresca, com todas as suas qualidades”, completa Gilberto.

Essa cerveja está com gosto estranho...

Algum problema pode ter ocorrido desde a fabricação até a chegada da garrafa em suas mãos. Pode ser culpa do mau armazenamento, mas também de outros fatores – como contaminação por ácido láctico na fabricação. O processo de pasteurização impede que várias possíveis contaminações ocorram, mas, por outro lado, tira parte de seu frescor.

Segundo Conrad Seidl, especialista em cervejas e autor do livro O Catecismo da Cerveja (editora Senac), “a pasteurização é uma espécie de envelhecimento artificial da cerveja (...) e se o envasamento não ocorrer sob vácuo absoluto, o aquecimento [da pasteurização] fará surgir um sabor forte de pasteurização, que lembra pão e cerveja velha e tem aroma amanteigado”.






Leo Feltran

Cerveja caseira

O brasileiro é fã de cerveja por excelência. E como tudo que desperta paixões, a bebida dá pano para manga em discussões sobre o que é certo ou errado a respeito do consumo. Entre os dilemas mais frequentes estão aqueles relacionados à temperatura ideal, que divide opiniões entre consumidores e público gourmet. O iG Comida propôs a mestres cervejeiros e especialistas no assunto que nos ajudassem a responder dúvidas e mitos sobre a cerveja. Tudo para que o leitor beba melhor – ou ao menos, tenha mais argumento para debater na mesa do bar.

1. Gelada demais x gelada de menos
2. Como gelar mais rápido?
3. A escolha do copo é importante?
4. Onde guardar?
5. Latinha x garrafa
6. É melhor gelar a garrafa deitada ou em pé?
7. Que tal uma degustação?
8. Quais as cervejas mais refrescantes?
9. Existe drinque com cerveja?
10. Por que a cerveja fica “choca”?
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1. Gelada demais x gelada de menos
Gourmets e fãs de cervejas especiais afirmam que a bebida, quando servida em baixíssima temperatura, perde sabor e aroma. Por outro lado, grande parcela da população, consumidora das pilsens comuns, prefere a garrafa “trincando” de gelada. Difícil é dizer quem está correto. Como a forma de consumo é um hábito – e um prazer – o certo mesmo é fazer o que lhe agrada.

Cássio Piccolo, proprietário do bar Frangó, em São Paulo, pensa assim: “Não sou xiita em relação à temperatura. Acho que tudo depende da ocasião e onde você vai consumir. Uma coisa é beber em um ambiente com ar-condicionado, outra é numa praia, sob o sol”, pondera. De qualquer forma, é bom saber que mesmo as pilsens, as cervejas que devem ser consumidas mais geladas, começam a perder sabor quando estão abaixo de 4º C. “Tudo que é excessivamente gelado ou quente amortece as papilas gustativas e influencia no sabor”, explica Cássio, que prefere tomar cervejas encorpadas, como as trapistas, somente refrescadas, a cerca de 14º C, “como se faz com os vinhos”.

2. Como gelar mais rápido?
Preferências à parte, é bom saber artifícios para gelar o mais rápido possível qualquer tipo de cerveja. A dica serve para salvar quem não tem bebida gelada à mão (e quer beber), ou para aquela festa em que todo mundo leva uma caixa – sempre quente, obviamente – e a rotatividade de bebida é grande.
Freezer, freezer com a lata molhada, gelo, gelo com sal, gelo com álcool. São muitas as formas “infalíveis” de gelar rapidamente latinhas e long necks, mas qual é a mais eficiente?

Para o engenheiro químico Sidney dos Santos, trata-se apenas de combinar dois fatores: temperatura baixa e superfície de contato. “Colocar no freezer realmente é a forma de atingir a temperatura mais baixa possível, mas é mais demorado, porque o ar não é um bom condutor de temperatura. A forma mais rápida é colocar bastante gelo e água, para que ela envolva toda a embalagem da bebida e esfrie o líquido rapidamente”, explica. Mas ele alerta: dessa forma é impossível deixar a bebida mais gelada que 0º C grau. “Abaixo disso, também começaria a congelar”. E o sal? “O sal, assim como o álcool, junto com água e gelo, deixam a temperatura ainda mais baixa, tornando bem mais rápido o processo de gelar a cerveja", completa.

E o que dizer daquelas geladeiras em bares com termostato marcando 3º ou 4º C negativos? “Não se pode esquecer que aquelas geladeiras são abertas o tempo todo e há muita reposição de vasilhames. Se as bebidas ficassem lá direto, com a porta fechada, iriam congelar”, explica Cássio. Segundo a Lorousse da Cerveja, a bebida congela a -2,5º

Veja também : como fazer pratos com cerveja
3. A escolha do copo é importante?
Independente do tipo da cerveja, é importante que o copo seja, ante de tudo, incolor e transparente. Só assim é possível observar a coloração e a formação de espuma da bebida. O formato também faz diferença de acordo com o tipo da cerveja e, se bem escolhido, tende a potencializar suas características. “Não é um detalhe cosmético, faz uma enorme diferença. Do mesmo jeito que existem taças adequadas para cada vinho, com a cerveja ocorre o mesmo”, explica Cássio. Apesar de existirem modelos ideais para cada rótulo – não à toa as marcas desenvolvem e vendem tipos apropriados para seus produtos – algumas regras gerais podem ser seguidas:- cervejas leves podem ser bebidas em copos tipo tulipa ou em taças com “pezinho” -- ele impede que o calor da mão esquente o líquido.
- os exemplares mais aromáticos devem ser degustados em copos com bojo largo, que favorecem o desenvolvimento dos aromas.

- os rótulos weiss (feitos com trigo) têm alta carbonatação, grande formação de espuma e um fermento que fica no fundo da garrafa e que deve ser misturado à cerveja. Por isso, ser faz necessário usar um daqueles copos compridos e mais largos no topo, que comportam 500 mililitros, chamados de weizen.

- os populares copos americanos são úteis para beber cervejas leves bem geladas. Como é pequeno, o consumo do líquido é rápido e não dá tempo da bebida esquentar, mesmo com o calor das mãos.

- as de tipo champenoise, feitas com um método de fermentação semelhante ao do champanhe, devem ser bebidas nas taças indicadas para esta bebida, do tipo flûte.


Leia também: Cuidados com a cerveja, antes de beber

4. Onde guardar?
“Uma premissa da cerveja é que quanto mais jovem ela for consumida, melhor. Então, armazenar não é aconselhado”, orienta Luciano Horn, mestre cervejeiro da Ambev. De qualquer forma, para guardar garrafas e latas, o melhor é mesmo a geladeira, ou, ao menos, um ambiente fresco e protegido do sol.

5. Latinha x garrafa
Muitos consumidores preferem a “cerveja de garrafa”. Mas a verdade é que não há nenhuma diferença entre este produto e o embalado em latinhas. “O processo de produção da bebida é igual. O que existe é uma pequena diferença de resistência da garrafa, que acaba retendo mais gás carbônico, mas isso é imperceptível ao paladar”, diz Luciano.

6. É melhor gelar a garrafa deitada ou em pé?
De preferência, em pé. Porque você tem um pouco de ar residual na garrafa e o oxigênio é prejudicial à cerveja, pois causa o envelhecimento do líquido. “A garrafa em pé diminui o contato com o ar. Mas a maioria das cervejarias hoje trabalham com o mínimo de oxigeno residual – diminuindo a diferença entre uma e outra posição para armazenar e gelar.


7. Que tal uma degustação?
Para começar, é indispensável que os copos estejam limpos e secos. O ideal é seguir uma linha para guiar a degustação: cervejas diferentes de um mesmo fabricante ou cervejas do mesmo estilo, mas de fabricantes diferentes. Escolhidos os rótulos, é indicado começar com as mais leves primeiro, partindo para as mais encorpadas e alcoólicas. Para aguçar os sentidos, é aconselhável que os participantes não tenham consumido bebidas alcoólicas no mesmo dia. Para perceber as características de cada bebida, é essencial que elas sejam servidas na temperatura adequada.

Confira : O be-a-bá da harmonização de cervejas
8. Quais as cervejas mais refrescantes?
Definitivamente, as do tipo larger, em especial as pilsens. E, vale lembrar, elas não se restringem às marcas populares – uma pilsen da República Tcheca, mais amarga, pode ser muito refrescante. Mas há outras opções. "Acho as bières blanches da Bélgica [feitas de trigo] excelentes pedidas para o calor. As cervejas de trigo da Alemanha também são bem refrescantes e as lambic com frutas também podem ser boa opção de aperitivo em dias quentes”, sugere Cássio.


9. Existe drinque com cerveja?
São poucos, mas existem. No México, a michelada é muito popular. Consiste de limão, um pouco de sal, cubos de gelo, cerveja pilsen e pimenta chilli em pó na borda do copo. Há variações da bebida em outros pontos da América Latina, que pode levar suco de tomate e outros temperos. Nos EUA também é possível encontrar variações de margaritas feitas com cerveja, assim como no Brasil alguns bares já se arriscaram a oferecer caipirinha de cerveja – o resultado é um refresco de cevada, com sabor diluído e “temperado” pelo limão.

10. O que é a cerveja “choca”?
Três efeitos indesejáveis na cerveja podem resultar numa bebida alterada, chamada popularmente de “choca”: a) perda de gás carbônico, por conta de algum defeito na tampa ou pelo “esquenta-esfria” da garrafa, que faz a tampa se contrair e expandir – e, consequentemente, escapar o gás; b) cerveja “velha” ou mal transportada ou armazenada e que perdeu suas características ideais; c) coagulação da proteína da cerveja – de novo por causa do processo de “esquenta-esfria” feito algumas vezes. Nesse caso, a bebida não tem sabor alterado, mas seu aspecto fica comprometido, levemente leitoso, num efeito chamado de turbidez.
Bebidas alcoólicas são proibidas para menores de 18 anos. Se beber, não dirija.

GARÇON FRANÇA FESTAS E EVENTOS; (81)9677 7889,8561 0906, 9290 3890. CONTATOS COM ANTECEDÊNCIA: Como preparar o copo para receber a cerveja...

GARÇON FRANÇA FESTAS E EVENTOS; (81)9677 7889,8561 0906, 9290 3890. CONTATOS COM ANTECEDÊNCIA: Como preparar o copo para receber a cerveja ...: Como preparar o copo para receber a cerveja As impurezas comprometem tanto a produção de uma cerveja quanto a sua degustação. Por is...






Como preparar o copo para receber a cerveja

As impurezas comprometem tanto a produção de uma cerveja quanto a sua degustação. Por isso, lavar o copo da maneira certa é fundamental para conseguir distinguir todos os aromas e tons que cada um dos estilos da cerveja possui. Confira abaixo as maneiras certas de preparar os copos antes de enchê-los com o ouro líquido:

- Primeiro, escolha um copo transparente. Isso permite que você observe o líquido servido, etapa importante da degustação que serve, por exemplo, para saber se a cerveja foi filtrada ou não.

- Certifique-se de que o copo escolhido esteja limpo. Qualquer impureza, como gorduras ou restos de detergente, danificam o sabor da cerveja. Você provavelmente já foi a algum bar e, ao servir a bebida no copo, percebeu que a espuma sumiu com rapidez. Isso pode ser um indício de sujeira.

- Para lavar o copo, use um detergente neutro ou, no melhor dos casos, opte pela limpeza com o bicarbonato de sódio, que ajuda a reduzir as gorduras. O ideal é esperar o copo ficar totalmente seco antes da degustação da cerveja. Portanto, se você quiser provar o líquido à noite, faça o processo de higienização durante a manhã. Vale lembrar que não é muito aconselhável deixar os copos sujos por muito tempo.

- Depois de limpo, deixe o copo secar naturalmente. Não use papeis ou panos, que podem deixar fiapos no recipiente.

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