quinta-feira, 13 de junho de 2013




CONHECE AS REGRAS PARA ESCOLHER UM VINHO?




CONHECE AS REGRAS PARA ESCOLHER UM VINHO?
Muita gente já deve ter passado pela indecisão em frente às gôndolas de um supermercado ao decidir levar um vinho para casa. Nem sempre dá tempo de pesquisar um rótulo antes ou buscar seleções especiais. Que vinho comprar?

Quando isso acontece, tentamos várias coisas. Primeiro, pesquisar rótulo por rótulo em no Google, CellarTracker e outros sites de busca e avaliações, mas isso acaba cansando e, por alguma razão mítica, a internet do celular nunca coopera quando precisa. Então, perguntamos ao primeiro funcionário que passa pelo corredor... Mas será que ele não vai indicar apenas vinhos caros ou que precisam ser “desovados”?

É complicado, sabemos. Como adequar um vinho ao seu gosto? E como fazer isso sem depender de um amigo que entenda? Ou melhor, que tal ser esse amigo que entende?


Primeiro passo: pense nas suas preferências...

“Gosto de vinhos fortes, encorpados”
As uvas Cabernet Sauvignon e Syrah (ou Shiraz) costumam produzir vinhos encorpados, estruturados, “fortinhos”. Por sorte, são duas variedades facilmente encontradas em qualquer lugar que vende vinho, além de estarem presentes em vários países. Pela proximidade, os da América do Sul são mais baratos e ótimas opções, mas, se quiser um vinho realmente potente, experimente um Shiraz australiano. Os amantes da Malbec também se enquadram aqui, principalmente se vier da sua nação mais patriota, a Argentina (tente alguns da vinícola Kaiken, são bons representantes).

“Já eu prefiro os mais leves, frescos e fáceis de beber”
Já pensou nos vinhos brancos? Apesar de a maioria dos vinhos consumidos no Brasil serem tintos, é muito fácil encontrar brancos de qualidade em todas as faixas de preço. Quer uma dica? Geralmente os vinhos mais claros são mais leves de corpo. A Sauvignon Blanc é uma delas - bem fresca, com frutas amarelas cítricas, algumas ainda verdes. Porém, se a ideia é beber um tinto, a Pinot Noir é uma das uvas mais delicadas de todas (seus vinhos são até quase transparentes). Com corpo médio, a Merlot é uma uva muito macia e suculenta, produzindo vinhos que passam macios, como um carinho, pela língua.


“Ok, gosto dos brancos, mas prefiro que sejam pesadinhos e façam presença”
Algumas uvas brancas têm mais capacidade de mostrar seu corpo na taça, trazendo sabores mais cheios e untuosos. A Chardonnay, por exemplo, sé dá muito bem com os barris de carvalho, que lhe conferem cremosidade e sabores de baunilha que são muito bem harmonizados com pratos de mais peso, como aves e carnes de porco. Isso acontece principalmente nos vinhos da Argentina e do Chile, entre outros do Novo Mundo (os vinhos Crios, da famosa enóloga argentina Susana Balbo, exploram bem esse estilo). Já na Europa, há vinhos que adquirem tanta estrutura que muitos consideram “brancos em pele de tinto”. É o caso da versátil uva Riesling, da francesa Gros Manseng e da mineral, oras apimentada, Gewürztraminer.

“Não sei ainda do que gosto, estou entrando agora no mundo dos vinhos”
Para quem está iniciando, o melhor é começar pelos mais suaves ou até doces. Tente vinhos com a naturalmente doce uva Moscatel, seja na versão branca (dourada, na verdade!) ou espumante. Algumas marcas nacionais, como a Salton, têm boas opções desse estilo. Outra uva que segue o mesmo caminho, só que bem menos doce e mais difícil de encontrar, é a croata Zinfandel, queridinha dos norte-americanos. Em seguida, vá para tintos que podem ser bebidos mais frios (em torno de 12ºC), são sempre mais fáceis de beber – os italianos de Valpolicella são bons exemplos.


“Já estou neste mundo há algum tempo, quero desafios, vinhos complexos”
Se você já passou pelas etapas iniciais e está à procura de um vinho mais pensativo, que exija um pouco do seu tempo para refletir e descobrir aromas e sensações, é necessário investir um pouco mais. Dá para ser feliz sem passar dos R$ 50 ou R$ 60, mas é necessário experiência para fazer uma boa escolha. Malbecs, Cabernet Sauvignons e Carménères de reservas especiais dos nossos vizinhos sul-americanos são opções interessantes, mas, para quem busca uma experiência do Velho Mundo, vinhos de Portugal ou Espanha são muitas vezes a decisão certa (e hoje já é possível encontrar rótulos de alta qualidade por preços bem atrativos). Para quem pode gastar um pouco mais, as prateleiras da França são o alvo. Pense em Borgonha e Bordeaux, e não se esqueça do Vale do Rhône. Seus vinhos costumam ser frutados, vivos e cheios de sabores terciários (como lichia e chocolate) que podem levar anos para serem compreendidos em toda a sua essência. E claro que a Itália também tem muito a oferecer, como seus grandes Brunellos, Barbarescos e Barolos. Para uma opção mais em conta, pense no Piemonte e sua uva mais famosa, a Barbera.

“Quero sair da mesmice, conhecer novos sabores, de novas regiões... Sou exótico!”
Sem dúvidas, os vinhos orgânicos (biodinâmicos e naturais) são os mais surpreendentes. Quando menos esperamos, eles surgem com sabores totalmente inesperados para suas castas (algumas vezes até esquisitos), mas sempre agradáveis. Foi assim que já sentimos milho, bacon e até tomate em alguns vinhos. Vale a pena também apostar em regiões mais exóticas. É mais difícil encontrar garrafas dessas regiões, mas, se der sorte, não deixe escapar. Viaje para o África do Sul, Marrocos, Líbano, Tunísia, Grécia, California e o tão próximo, mas pouco exportado, Uruguai.

“Gosto docinho”
No Brasil, temos muitos vinhos simples por aí chamados de “suaves”. São vinhos que levam açúcar e acabam perdendo suas características únicas. Mas se você quer provar um vinho doce de verdade, procure os de colheita tardia (“late harvest”), que amadureceram mais do que o comum e liberaram toda a doçura natural da uva em uma linda cor de ouro. Os chilenos e os de marca própria (como da Club des Sommeliers) são os mais em conta. Para o lado dos tintos, os vinhos de Madeira e do Porto são a escolha certa, fortificados e cheios de frutas doces (principalmente os do tipo Ruby). São esses também os ideais para acompanhar sobremesas.

“Mas que calor, quero refrescar!”
Não pense duas vezes: espumante! Além de refrescar, suas borbulhas acompanham bem qualquer prato. Só não escolha espumantes com Moscato, pois são doces e acabam por pesar um pouco mais. O Brasil já tem se mostrado muito competente quando o assunto é espumante (além de sair mais barato) – os que levam a assinatura de Mario Geisse estão entre os melhores, mas a Salton, Miolo e Chandon também dão conta do recado. Agora, se a ideia é aproveitar os melhores espumantes do mundo, procure pelos Cavas espanhóis, pelos Franciacortas da Itália e pelos franceses Champagnes (este, detentor da excelência máxima no quesito).


“Calor onde? Sinto frio, quero esquentar!”
Já que não precisam ser bebidos gelados, os tintos são a melhor opção nos tempos de frio. Além disso, seu teor alcoólico relativamente maior ajuda a dar uma esquentadinha. Os melhores, neste caso, são os espanhóis, principalmente os que levam a uva nacional da terra das touradas: a Tempranillo e seus fortes taninos que secam a boca e esquentam a alma.

“É dia de feijoada!”
Lambrusco! Um espumante italiano, simples e barato, mas cheio de acidez, componente que melhor acompanha toda a gordura presente numa boa “feijuca”.


“Sou mais um churrasquinho”
A América do Sul é o continente do churrasco, então nada melhor que os vinhos daqui para harmonizar. Quando bem feito, esse casamento tira uma lágrima de alegria de qualquer um. Pense nos Malbecs argentinos ou nos Tannats uruguaios, vinhos com estutura equivalente à carne e já acostumadas ao nosso evento preferido. Essa uva, inclusive, tem surgido em ótimos vinhos nacionais de pequenas vinícolas como a Larentis e a Cordilheira de Sant'Anna.




Pensando no bolso
Por fim, o preço importa, então é interessante entender um pouco funciona a lógica de organização dos mercados e adegas. Na maioria deles, os vinhos são alocados de cima para baixo de acordo com o preço – os mais caros em cima, os mais baratos em baixo. Mas isso é muito relativo, pode ter certeza que as marcas mais conhecidas estarão sempre aos seus olhos.


Ah, vale lembrar que essas são indicações bem genéricas, pensando nas opções mais fáceis de encontrar por aí. Nem todo Merlot será macio, por exemplo (já provei um francês, o P’tit Piaf, que foi o mais selvagem e animal da minha vida!).

Este é apenas o primeiro passo. Para ter a resposta na ponta da língua, nada melhor do que experimentar diferentes rótulos e ler bastante. Nunca perca a curiosidade!

http://sonoma.com.br/seja-um-craque-itens/item/328-aprenda-a-comprar-vinho-dicas-mercado-supermercado-barato

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