quarta-feira, 12 de dezembro de 2012


Mega eventos e nova classe média enchem o copo da cerveja no Brasil

O mercado brasileiro de cervejas continua em plena expansão. Segundo um estudo da Barth-Haas Group, o Brasil já é o terceiro maior produtor mundial da bebida. Outro dado importante é o da evolução no consumo, que coloca o país em 15º no ranking mundial. Saltou sucessivamente de 22,30 litros per capita em 1985 para 32 litros no início da década de 1990, que foi para 50 litros no início dos anos 2000 e alcançou 62 litros per capita hoje. O país com maior consumo é a República Tcheca com 143 litros por habitante, seguido por Áustria (108) e Alemanha (107).

A cerveja standard Lager nacional, a pilsen encontrada no mercado em latas, long neck, litrão, ou garrafa de 600 ml (Skol, Brahma, Antarctica, Itaipava, Nova Schin, Kaiser), ainda reina absoluta e deve continuar dessa maneira por muito tempo. Foram 13,5 bilhões de litros em 2011, segundo pesquisa da Euromonitor International ’12, sendo que quase 40% da população ainda não consomem o produto. Os motivos? Vários, religião, preferência por outras bebidas, mas principalmente econômicos, ainda.

As “chamadas” cervejas especiais têm conquistas ainda mais relevantes. Em 1985 não passavam de um traço nas pesquisas de consumo, mas hoje chegam a 8% do mercado total da bebida, o que significa 5,5 litros per capita anuais, ou cerca de 1 bilhão de litros em 2011. Dentre elas destacam-se as premium lagers como a Bohemia, Budweiser, Baden-Baden, Petra e Heineken. Em menor escala, encontram-se as premium importadas, que inundaram os pontos de venda da cidade de São Paulo nos últimos meses. Existem mais de 600 rótulos nas gôndolas dos supermercados e lojas especializadas, sendo que 40% deles chegaram em 2011. As importadas tiveram um forte crescimento tanto em volume total (17%), quanto em valores atuais (32%) em 2011.

Tudo isso alimenta o otimismo do setor cervejeiro com seu desempenho futuro, principalmente de olho nos grandes eventos como Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil e também na ascensão social no Brasil. Segundo a FGV-Rio, em 2003 no Brasil existiam 66 milhões de pessoas na classe C, em 2009 esse número foi para 95 milhões e para 2014 a projeção é que teremos no país em torno de 113 milhões de pessoas com renda mensal média entre R$1.610,00 a R$6.941,00. Consumidores com mais poder aquisitivo, mais conhecimento e ávidos por entrar no mundo das cervejas ou estão, de escalá-lo.


Túlio Rodrigues - Coordenador dos Cursos de Negócios de Bebidas do PEC-FGV, sócio diretor da WTrends – Inteligência de Marketing e Capacitação e da Beer Academy Brasil.

http://www.sociedadedacerveja.com.br

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